Amigos do blog, alguns já devem ter ouvido a frase: "ser policia é sacerdócio, não é profissão", a frase é jargão policial e traduz ,realmente, o mais nobre dos oficios. Todavia dentro do meio Policial Militar, em todo o país, surgiram Associações alternativas, que conduzem o "ser policial",como uma profissão quase que comum ou melhor um proletário.
A postura subverte sentimentos tradicionais, cria um ambiente fora de contexto aos regime vigente e muita vezes atropela a hierarquia em vigor, mas tem a sua muito bem definida. E devido as atitudes de alguns superiores que por muitas vezes, aplicam o regulamento disciplinar de maneira "seca", gerando um queda no moral da tropa e fomentando o desejo de exterminar o sistema atual nas PMs. Com isso, essas agremiações ganham força e ampliam seu processo "revolucionário sindical".
As PMs são militares por nomenclatura, mas cria-se uma dúvida, estas intuições são militares de fato?
Na visão deste blog, não. Os policiais, em sua maioria, reclamam uni sono, não do sistema em si, mas de quem o administra e de sua estrutura, e tudo acaba resumido ao militarismo, como culpado e tido como algo obsoleto e ineficaz, não faltam exemplos dessa inveracidade, sem mesmo ter vivido um militarismo de verdade.
A mão pesada de certos gestores, infelizmente deteriora a base de suas instituições, pois, alguns não conseguem observar que o Soldado de polícia é totalmente diferente das Forças Armadas federais. O primeiro trata-se de um servidor público, estatutário e investido de autoridade pelo estado, para legalmente cercear e garantir direitos, com base no poder de polícia. Enquanto ao seu similar, trata-se em sua maioria de jovens que estão a descobrir um novo mundo , sendo preparados para a defesa da pátria e por vivermos em tempo de paz, devem ter um regime especifico.
família e tradição |
Todavia o militarismo, não é só regulamento é estrutura também, aspecto que é negado por completo as Policias Militares de todo país. Por exemplo, na Policia Militar do Estado do Amazonas não há:
- Quartéis estruturados (alojamentos, estande de tiro, academia, área de treinamento, paiol, oficinas diversas, arranchamentos condignos a militares e etc):
- Parque de manutenção especializado e com meios para prover manutenção a vtrs (houve absurda terceirização);
- Vilas militares para policiais que são deslocados para o interior do estado;
- Hospitais tanto na capital, quanto interior;
- Parque de engenharia e tecnologia;
- Uma unidade de embarcações que cubra toda região;
- Entrega de enxoval completo e padronizado;
- Colégio Policiais Militares, que priorizem os filhos de militares;
- Centro de Formação e treinamento com instalações e corpo docente específicos;
- Previsão de ajuda de custo para policiais que deslocam para os interiores;
- Celebração de manuais e procedimentos operacionais ( missão sem a devida competência e meios, não se deveria pagar no improviso)
- Inamovibilidade mínima para seus membros ( qualquer dissabor politico, causa transferência de qualquer PM independente de posto e graduação);
- Além de finitos outros quesitos, que fazem uma instituição ser vista e chamada de militar, que não caberiam aqui.
Em nosso Estado, a questão da carreira militar, que deveria ter sido implementada de maneira a reforçar a instituição, não veio de quem deveria vir naturalmente e em um paradoxo bizarro, aqueles que "lideraram" o movimento reivindicatório, torcem o nariz para o sistema militar, preferindo ser apenas policiais.
Os pontos citados são apenas uma amostragem, nas limitações desse blog, e podem parecer onirismo ou delírio, mas convenhamos , a PM do Amazonas é secular, logo, se em todos esse anos não foi vista merecedora de investimentos, crer que após a simples aprovação de uma emenda constitucional irá mudar a "cabeça" dos gestores e fazer cair do céu toda uma estrutura eficiente, isso sim, é ser no mínimo inocente. Mas como disse Rodrigo Constantino, colunista de Veja: "setores de esquerda, creem que a felicidade pode ser obtida por decreto".
Lei da felicidade.
Art. 1 - Que todos sejam felizes.
Art. 2 - Revogam-se todos os dispositivos em contrário.
O projeto de emenda constitucional número 51/2013, vem com a marca de todo cidadão iluminado, que odeia a PM, pois crer que ela é violenta, arbitrária e corrupta e por isso tem que ter mais ingerência externa e uma super corregedoria, sendo que pra ocultar suas intensões, coloca algumas demandas trabalhistas, pra massa ficar feliz, afinal como diz o estereotipado personagem do filme Tropa de Elite: "quem quer ri, tem que fazer rir".
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