Em vídeo, a denúncia “estarrecedora” contra Lula e Dilma no Jornal da Band, incluindo a frase emblemática atribuída ao ex-presidente: “Poder Judiciário não vale nada. O que vale são as relações entre as pessoas”
Por Felipe Moura Brasil/ Veja
O empresário Auro Gorentzvaig, cuja família foi sócia durante anos da Petrobras na refinaria Triunfo, no Rio Grande do Sul, relatou ao Ministério Público que a estatal comprou a petroquímica Suzano, da família Pfeffer, pelo triplo do preço e que Lula e Dilma sabiam de tudo. Além disso, o ex-presidente mantinha relações estreitas com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Assista ao vídeo da reportagem-bomba do Jornal da Band, levada do ar na terça-feira (3). Sintetizo e complemento em seguida
No caso da Suzano, eis os valores da negociata
Em sua denúncia à Procuradoria-Geral da República, Gorentzvaig disse ainda que Paulo Roberto Costa era um operador de Lula e que Dilma Rousseff, na condição de presidente do Conselho de Administração da Petrobras, era uma executora do plano de Lula e da Odebrecht de concentrar o setor petroquímico.
O empresário Auro Gorentzvaig, cuja família foi sócia durante anos da Petrobras na refinaria Triunfo, no Rio Grande do Sul, relatou ao Ministério Público que a estatal comprou a petroquímica Suzano, da família Pfeffer, pelo triplo do preço e que Lula e Dilma sabiam de tudo. Além disso, o ex-presidente mantinha relações estreitas com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Assista ao vídeo da reportagem-bomba do Jornal da Band, levada do ar na terça-feira (3). Sintetizo e complemento em seguida
De acordo com o empresário, a compra das refinarias Suzan e Ipiranga foram feitas por preços bem acima do mercado, numa ação conjunta da estatal com a Braskem, do grupo Odebrecht (aquele, repito, que pagou 23 milhões de dólares a Costa, segundo o próprio delator). Eram “empresas que estavam altamente endividadas”, diz ele. “Foi uma venda de marketing feita pelo grupo Odebrecht ao presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff”.
No caso da Suzano, eis os valores da negociata
(“Pagamos o preço adequado e justo”, dissera o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, rebatendo acusações da oposição sobre o custo excessivo.)
Auro Gorentzvaig conta que procurou o então presidente Lula, porque não aceitava a incorporação da Triunfo pela Braskem, o que representava um desrespeito ao acordo de acionistas. Ele conseguiu a reunião em 26 de fevereiro de 2009, no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, por intermédio do petista Luiz Marinho, atual prefeito de São Bernardo do Campo.
Segundo o empresário, após expor ao então presidente da República que a Justiça lhe dava razão e sugerir que fosse feita uma divisão de mercado com a empresa do Grupo Odebrecht, Lula pôs a mão na sua perna e soltou esta “pérola” emblemática de seu estilo:
“Poder Judiciário não vale nada. O que vale são as relações entre as pessoas.”
(A Petroquisa, braço da Petrobras que mantém sociedade com a Braskem, acabaria incorporando a Triunfo em 2009.)
Paulo Roberto Costa, Gabrielli, Dilma e Lula
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“Todas as determinações da Petrobras eram de Lula e de Dilma Rousseff”, declarou.
Auro e o irmão foram orientados a escrever tudo que sabem e protocolar a denúncia junto ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Braskem, Suzano, Lula e Planalto negaram tudo. Caberá agora ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, definir se abrirá ou não um inquérito para apurar as denúncias. Espero que elas sejam investigadas.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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