Durante o primeiro dia de vigor do estado de exceção decretado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em cinco municípios do Estado de Táchira, fronteiriços com a Colômbia, as operações das forças policiais e militares venezuelanas se concentraram no povoado de San Antonio del Táchira, onde, na quarta-feira, supostos paramilitares colombianos atacaram e feriram três suboficiais do exército venezuelano.
Cerca de 2.400 agentes de segurança e militares ocuparam, em San Antonio del Táchira, La Invasión, um bairro pobre com ruas de terra que, na noite anterior, o próprio Maduro tinha denunciado como um assentamento informal de contrabandistas. A operação resultou na detenção de oito pessoas que mantêm supostos vínculos com paramilitares, e na deportação de 185 cidadãos colombianos que se viviam de maneira irregular no país.
Cerca de 2.400 agentes de segurança e militares ocuparam, em San Antonio del Táchira, La Invasión, um bairro pobre com ruas de terra que, na noite anterior, o próprio Maduro tinha denunciado como um assentamento informal de contrabandistas. A operação resultou na detenção de oito pessoas que mantêm supostos vínculos com paramilitares, e na deportação de 185 cidadãos colombianos que se viviam de maneira irregular no país.
Os imigrantes irregulares foram colocados em quatro ônibus e enviados à cidade de Cúcuta, capital do departamento de Norte de Santander (Colômbia). No entanto, as autoridades venezuelanas ainda não reportaram a detenção dos autores do ataque de quarta-feira, dois homens em uma moto que portavam armas. O incidente foi o estopim para o fechamento da fronteira, inicialmente por 72 horas, prolongadas por Maduro de forma indefinida, e para a suspensão de garantias constitucionais.
Os imigrantes irregulares foram colocados em quatro ônibus e enviados à cidade de Cúcuta, capital do departamento de Norte de Santander (Colômbia). No entanto, as autoridades venezuelanas ainda não reportaram a detenção dos autores do ataque de quarta-feira, dois homens em uma moto que portavam armas. O incidente foi o estopim para o fechamento da fronteira, inicialmente por 72 horas, prolongadas por Maduro de forma indefinida, e para a suspensão de garantias constitucionais.
Enquanto se conheciam os rigores das operações de busca na região, por parte das forças policiais e militares venezuelanas, o governador do estado de Táchira, José Gregorio Vielma Mora, um ex-capitão do Exército e membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - governista -, tentava construir um caráter amável para a situação.
Se já durante a madrugada do sábado, frente às câmaras de televisão, permitiu a entrada, na Venezuela, de um casal em um carro, que levava uma mulher em trabalho de parto, ao longo do dia liderou os deslocamentos dos ônibus com insígnias da cruz Vermelha que iniciaram o percurso do “Corredor Humanitário” que permitirá transferir doentes de um ao outro lado. O primeiro serviço de transporte do dia levou 40 diabéticos de Ureña, na Venezuela, para realizar sessões de hemodiálise na Colômbia.
Também foi anunciado que a partir da segunda-feira se outorgarão salvo-condutos a estudantes que necessitem atravessar a fronteira para frequentar seus cursos, e a investidores colombianos que têm empresas na Venezuela.
Mora foi nomeado por Maduro como Chefe da área onde o estado de exceção está em vigor, que inclui os municípios Bolívar, Junín, Ureña, Capacho Libertador e Capacho Independencia, do estado Táchira. O governador se reuniu durante o dia com os prefeitos das cinco circunscrições, todos representantes de partidos de oposição ao regime chavista.
Diante dos prefeitos, como já tinha feito com os jornalistas da região, Mora criou um imbróglio segundo o qual apesar do estado de exceção, as garantias constitucionais não se estariam suspensas. Trata-se, em qualquer caso, das primeiras tentativas para dar início a uma situação nova, quase imprevista, que representa uma armadilha em uma das fronteiras binacionais mais dinâmicas da América do Sul.
Embora os inconvenientes diários sejam muitos, não se espera que a situação mude em breve. No sábado, em um ato realizado no estado de Anzoátegui (nordeste da Venezuela), o presidente Nicolás Maduro descartou a possibilidade de retratar-se pelas medidas adotadas na zona fronteiriça. “Eu não vou abrir essa fronteira até que não se restabeleça a paz e que deixem de vir da Colômbia ataques contra a nossa economia", garantiu.
Na próxima quarta-feira, deve haver um encontro, provavelmente em Bogotá, entre as ministras de Relações Exteriores Delcy Rodríguez, da Venezuela, e María Ángel Holguín, da Colômbia, durante o qual se espera que ambas explorem mecanismos concretos que permitam resolver a situação entre os dois países. No sábado, no entanto, o presidente colombiano Juan Manuel Santos demonstrou sua disposição para conversar, antes disso, com Nicolás Maduro, para tentar encontrar uma solução para a crise.
Fonte: El País
Fonte: El País
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