Desconfiança. "Suspensão" da GTE por cumprimento Lei de Carreira causa polêmica e divisão entre Praças da PM. O Governo nega Acordo firmado.

Fonte: D24Am
Muitos policiais, ainda, não aceitam ter que "pagar", para obter um direito e temem que a gratificação, que disciplina o uso de policiais de folga, seja "esquecida" pelo governo. Como em um filme estão sentindo na pele," o quem quer rir, tem que fazer rir". A proposta foi colocada em votação em Assembléia Geral das entidades de classe, pelo Deputado Platiny Soares, sendo aprovada por aclamação pelos presentes.

Os servidores da Polícia Militar do Amazonas decidiram suspender o indicativo de greve, em votação na tarde de quarta-feira (6), após acordo firmado com o governador José Melo que garante a promoção dos 2.284 praças da corporação.

Intermediado pelo deputado estadual Platiny Soares, o compromisso ainda depende da oficialização do Governo do Estado, e caso não seja cumprido, cerca de 8 mil PMs devem paralisar as atividades por tempo indeterminado no próximo dia 15 de maio. O Corpo de Bombeiros também faz parte do movimento.

Uma das condições do Governo do Estado, de acordo com Soares, é a que os policiais deixem de receber a Gratificação por Trabalho Extra (GTE) até setembro. Em votação na assembleia, sargentos e suboficiais foram contra a suspensão, mas a maioria venceu e optou por acatar a suspensão do benefício.

"Quem quer rir tem que fazer rir." Tropa de Elite

Cena onde o Sd Paulo é instigado a pagar, para obter um direito publicado em Boletim.

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar (ASSPBMAM), sargento Francisco Pereira da Silva (Pereirinha) informou que os suboficiais eram contra a suspensão da GTE porque 2,7 mil praças usufruem dessa gratificação, enquanto a promoção beneficiaria apenas 2.284 praças. "Os que recebem a GTE hoje não queriam abrir mão em favor destes 2,2 mil que serão promovidos. Mas, como a assembleia decidiu que as promoções são prioridade, nós estamos ao lado da maioria", declarou.
Segundo o presidente da Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, os policiais militares pretendem esperar, ainda, alguns dias pela decisão do governo e, caso o acordo não seja cumprido, o movimento paredista promete deflagrar a greve por tempo indeterminado no próximo dia 15.
Outras reivindicações dos policiais são a aprovação do código de ética da corporação, que, atualmente, possui apenas um regulamento disciplinar dos anos 60 adaptado do exército; o pagamento de auxílio-alimentação no valor de R$ 240 e a regulamentação da carga horária.

Resposta governamental

Governo nega ter feito Acordo

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), negou que tenha sido firmado qualquer acordo com os servidores da Polícia Militar e afirmou que as negociações ainda estão em andamento. Segundo a Secom, as conversas seguem entre uma comissão formada por técnicos do governo e representantes dos policiais, sem a participação direta do governador José Melo.

Link: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/exige-cumprimento-acordo-governo-para-evitar-greve-15/133493

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