Presidente Dilma entra em guerra diplomática com Israel por não aceitar embaixador israelense no Brasil.

A Presidente do Brasil, que já recebeu  representantes e tem relações estreitas com regimes totalitários e radicais como a Venezuela e Cuba. Simplesmente resolveu barrar o embaixador indicado por Israel para assumir a embaixada israelense no país..
O argumento presidencial para a rejeição são os posicionamentos ideológicos do diplomata, que apóia os assentamento israelenses, entretanto, tal austeridade presidencial brasileira nunca se viu, quanto aos posicionamentos totalitários como os da Venezuela e Cuba, países mantenedores de presos políticos e de consciência.

A relutância do governo brasileiro em aceitar a indicação do embaixador israelense ligado aos assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, Dani Dayan, gerou uma crise diplomática entre os dois países e a preocupação no governo israelense de que a disputa possa encorajar ativismo pro-Palestina e contra o país.
A indicação, há quatro meses, do empresário de origem argentina naturalizado israelense, um antigo líder do movimento de assentamentos judaicos, não foi bem vista pelo governo brasileiro, que tem como parte da sua política externa o apoio à criação de um estado palestino. Assim como a maior parte das potências internacionais, o Brasil considera os assentamentos judaicos em terras palestinas ilegais.
O embaixador anterior de Israel em Brasília, Reda Mansour, deixou o país na semana passada e o governo israelense afirmou neste domingo que o Brasil arrisca degradar o relacionamento bilateral se Dayan não for autorizado a sucedê-lo. "O Estado de Israel deixará o nível de relacionamento diplomático com o Brasil a um nível secundário se o apontamento de Dani Dayan não for confirmado", afirmou a vice-ministra de Relações Exteriores Tzipi Hotovely ao canal de tevê Channel 10, acrescentando que Dayan é o único indicado. Ela afirmou ainda que o governo de Israel fará lobby através da comunidade judaica no Brasil, pessoas próximas à presidente Dilma Rousseff e apelos diretos do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O governo brasileiro evitou comentar oficialmente se a presidente irá ou não aceitar a indicação. Mas um diplomata brasileiro de alto escalão disse à Reuters: "Não vejo isso acontecendo". Falando em condição de anonimato por não ter sido autorizado a tratar do tema, afirmou que Israel teria que escolher outro embaixador ou iria piorar relações que já são ruins desde 2010, quando o Brasil decidiu reconhecer a Palestina como estado com territórios incluindo Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Israel deixou Gaza em 2005, mas reivindica Jerusalém como sua capital indivisível e quer manter parte dos assentamentos na Cisjordânia como parte de qualquer negociação de paz com os palestinos.
As tensões com o Brasil aumentaram no ano passado, quando o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel chamou o Brasil de "anão diplomático" depois do país retirar seu embaixador como forma de protesto pela ofensiva militar em Gaza.
O governo brasileiro também se irritou com a forma que Israel anunciou a indicação de Dayan, em um post de Netanyahu na rede social Twitter, no dia 5 de agosto, antes mesmo de Brasília ter sido informada ou ter concordado com a indicação. De acordo com uma fonte do governo brasileiro, a maneira como o anúncio foi feito não apenas fere as regras diplomáticas como foi considerado pelo Brasil como uma tentativa de impor um nome que Israel sabia que não seria aceito.
Nesses quatro meses, o governo brasileiro fez silenciosamente uma séria de gestões diplomáticas tentando convencer Israel a trocar a indicação de Dayan, sem sucesso. À Reuters, a fonte governista afirmou que não há possibilidade à vista da presidente Dilma Rousseff aceitar a indicação de Dayan, mesmo sob pressão de Israel.   
Fonte: Reuters

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